
Acessar muitos conteúdos é bom, mas quem paga por isso?
Ao ser concebida, a internet apresentou-se como um espaço de compartilhamento de conteúdo e de socialização, mas há quem esteja se apropriando indevidamente de conteúdos de terceiros para obter fama, formação ou dinheiro. E quem produz o conteúdo, como fica neste contexto?
Pena que tantos enxerguem a web como uma “terra de ninguém” e desenvolvam negócios que em nada valorizam quem se dedica a criar os conteúdos. A base da economia criativa é o respeito à cadeia de valor. É preciso regular os direitos autorais e a remuneração das obras na internet!
Particularmente, creio que a solução passa por 3 medidas:
a) Gerar contrapartidas obrigatórias de empresas formais que se apropriam dos conteúdos (Facebook, Google e serviços de armazenamento e compartilhamento na nuvem, como OneDrive, Dropbox e Google Drive, entre outros), obrigando-os a criar uma forma de reconhecer e proteger o produtor original do conteúdo;
b) Estabelecer um marco jurídico para pessoas que se apropriam de conteúdos de terceiros, exigindo que peçam autorização dos autores e responsabilizando-as em caso de apropriação indébita; e
c) Estimular empreendedores a criar negócios que se proponham a exatamente monitorar o uso indevido da produção de um determinado autor, a exemplo do que faziam, por exemplo, as editoras gráficas e as editoras musicais, por exemplo.
Tais medidas podem parecer soluções utópicas, mas é preciso pensar em soluções para um uso indevido da web que está prejudicando autores e beneficiando quem exagera na apropriação e compartilhamento de conteúdo.
Creio que alguma instituição poderia patrocinar um grupo de pesquisadores para o tema, se é que talvez já não exista. Mentes brilhantes podem conceber soluções práticas para esta questão que vem transformando a web no império do “control-c, control-v”.